O rigor científico como questão ética em Edmundo Husserl

Resumo: A preocupação com o rigor científico está presente desde os primeiros escritos da vasta obra husserliana. Especialmente a filosofia, segundo ele, carecia de uma fundamentação radical que a elevasse à categoria de “ciência no sentido rigoroso”. Por isso, ele mostrava sua insatisfação já em 1900, épocas das Investigações Lógicas, dizendo que “não podem satisfazer-nos significações que tomam vida – quando o tomam – de intuições remotas, confusas e impróprias” (p. 218). A lógica tradicional e a atual têm tido dificuldade no progresso devido à errônea interpretação dos fundamentos teoréticos e as confusões nas delimitações de esferas ou regiões do ser. Percorrendo os diversos níveis da fenomenologia até chegar à fase de Die Krisis pode-se perceber que a preocupação filosófica de Husserl não toma a questão epistemológica como núcleo central e fundamentador do rigor científico. Com clareza é possível mostrar e perceber que o fundamento radical do rigor científico está na ordem ética. A crise não decorre de uma fragilidade do caráter metodológico da cientificidade, mas na perda do sentido das ciências para a existência humana. E a causa fundamental desta perda é o seu afastamento do mundo-da-vida.

Data de início: 2010-01-05
Prazo (meses): 12

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Coordenador Edebrande Cavalieri
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